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18 e 19 de julho de 2023

Shakespeare em Roma

A partir de textos de Shakespeare

Coriolano, Julio César, Antonio e Cleopatra, Tito Andrónico

Shakespeare em Roma é uma proposta teatral inédita e única baseada nas quatro peças que o grande dramaturgo inglês ambientou no Império Romano: Coriolano, Júlio César, Antônio e Cleópatra e Tito Andrônico. O espetáculo reúne e condensa esses textos em pouco mais de duas horas a partir de quatro diferentes olhares dramatúrgicos da atualidade e encenados por outras tantas equipes de direção, com o mesmo elenco de oito atores e atrizes que interpretam 47 personagens.

O Centro Dramático Galego, companhia de teatro institucional da Galiza, concebeu a produção para desempenhar as suas funções ocupando um espaço solene e emblemático do centro histórico de Santiago de Compostela: o Salão Nobre do Pazo de Fonseca. É uma encenação de máxima proximidade com o público, que agora se encontra adaptada para ser apresentada no Festival de Mérida.

CORIOLANO 

Coriolano é um déspota esclarecido? Um traidor do país? Um ditador ímpio? Um general sanguinário? Ou apenas um fantoche manejado pelas mãos hábeis de sua mãe? Como se constrói a democracia em nossos tempos? E qual é o lugar dos povos neste processo? Ontem e hoje é o questionamento e o medo que nos trava, e amanhã?

JULIO CÉSAR 

Festas e jogos em homenagem a César por seu triunfo na última batalha contra Pompeu. Grupos de cidadãos dirigem-se cheios de alegria ao local das festividades e, com grande entusiasmo, convidam as pessoas a deixarem os seus trabalhos e juntarem-se à festa. Mas também há setores do Senado, seguidores de Pompeu, que não estão satisfeitos com a nova realidade política; recriminam aqueles cidadãos, obrigando-os a recuar e acusando-os de ingratidão por celebrarem o sangue de Pompeu, líder que outrora celebraram e entretiveram, enchendo-lhe o caminho de flores. Casio, Brutus, Décio e outros senadores trocam preocupações comuns sobre a deriva que, a seu ver, está levando César a um exercício tirânico do poder que pode culminar em sua coroação e, consequentemente, na destruição da República. A conspiração começa a se espalhar.

ANTONIO E CLEÓPATRA 

Após o assassinato de Júlio César, o Triunvirato formado por Octavio César, Marco Antonio e Lepido governa os territórios sob domínio romano. Marco Antônio, deliberadamente alheio ao que está acontecendo em Roma, passa seu tempo em Alexandria apaixonado por Cleópatra. A rainha será apontada como a única culpada pelo abandono dos deveres políticos do amado. Cleópatra irá colidir sua vida política e pessoal para se posicionar como a figura de poder que está dentro dos conflitos em que os Triúnviros se juntam. A iminente vitória de César após vários incidentes bélicos e a morte de Antonio levarão Cleópatra a querer acabar com sua vida porque, tendo perdido o poder e perdido o amor, ela não subjugará o homem de Roma.

TITO ANDRÓNICO 

Andrónico, o heróico vencedor, retorna a Roma como de costume: outra vitória, sangue nas mãos, um saque rico, um punhado de escravos e alguns outros filhos mortos para o panteão da família. Ele medeia a escolha do imperador, entrega a filha ao homem que não ama, mata um de seus muitos filhos restantes e manda matar um luxuoso prisioneiro, sem suspeitar que está desencadeando a ira de sua mãe, Tamora, a rainha aprisionada dos godos. O que se segue é o épico da vingança, a estúpida senilidade de Tito, o estupro de Lavinia, a morte de sua esposa, a execução dos filhos falsamente acusados ​​de Andrónico. Roma lamenta a morte dos inocentes, se é que há alguém inocente nesta história. Os tempos estão em desordem, a ordem é ameaçada pela força estrangeira e pela podridão interna do império. Não vou contar como termina, porque todas essas histórias terminam mal. Crime, absurdo, filicídio, canibalismo… e um leve raio de esperança.

Duração: 2h e 20 minutos.

Idade recomendada: Maiores de 16 anos.

Avisos especiais: Nudez. Sons surpreendentes.


Fotos do Elenco